Incensos e Defumadores

Entenda para que servem, quais os tipos e sua aplicação de uma prática ancestral da humanidade e que perdura até os dias de hoje.

A prática da defumação é tão antiga quanto o homem. Existem registros egípcios onde o Kyphi, composto de 16 ingredientes naturais eram queimados e assim liberava o chamado “Aroma dos Deuses”.

Na Índia, as escrituras védicas relatam a queima do Sândalo, uma árvore, considerada sagrada.

Na China e Japão, com o Budismo, Taoísmo e Xintoísmo, o incenso é usado em larga escala.

Mesmo no Islamismo, onde não há registro oficial, seu uso é permitido nos lares e em rituais funerários.

Os índios americanos utilizam amplamente a Sálvia, além de outras ervas locais, em seus rituais desde a América do Norte, até o Sul.

As resinas de árvores, como a mirra, eram queimadas em rituais hebraicos, tanto que Os Três Reis Magos presentearam o menino Jesus com Mirra e Incenso, além de ouro, o que mostra o quanto estes produtos e sua prática eram valiosos e sagrados para este povo também.

A queima do Incenso e a defumação são, portanto, uma das práticas mais ecumênicas de nosso planeta, pois diversas religiões, não somente as de origem africana, judaica, hindu, chinesa e japonesa, mas até mesmo no catolicismo essa prática é muito utilizada.

Em outro artigo publicado em nosso site, sobre os Banhos de Ervas, explanamos largamente o assunto das propriedades energéticas das ervas e como podem nos influenciar e auxiliar.

Portanto, considerando que a composição de qualquer incenso e defumador de qualidade são elementos de origem vegetal, podemos atribuir a eles o mesmo efeito energético que os banhos de ervas que já falamos a respeito.

O que diferencia neste caso é que a energia destes elementos é propagada e dispersada através de sua fumaça e por isso sua aplicação se dá quando desejamos aplicar alguma intenção, propósito ou energia específica em um ambiente.

Contudo, em muitos rituais, a fumaça do incenso ou defumador é muito utilizada com a mesma função do banho de ervas que de limpeza áurica de pessoas.

Além disso, incensos e defumadores propagam também aroma que carrega não somente a energia das ervas, mas também desperta lembranças e atividades cerebrais neuronais que induzem a estados psico-sensoriais específicos e em muitas vezes benéficos a nossa saúde.

Qual a diferença entre Incenso e Defumador?

Ambos possuem a mesma função, porém o incenso é normalmente oferecido em varetas revestidas ou sólidas que são muito utilizadas no oriente e também populares no Brasil.

Já o defumador, normalmente possui formato de pirâmide e é uma aglomerado de pó de madeira e essência que garantem a sua combustão. O defumador é muito relacionado aos rituais afros, porém isso é um grande equívoco, pois na Índia, China e Japão, é comum o chamado Incenso Pirâmide que é basicamente idêntico a um defumador.

Existe alguma restrição no uso dos incensos e defumadores?

Algumas pessoas são alérgicas e neste caso, a utilização de réchauds com essências ou óleos essenciais é indicada.

Ambientes com recém-nascidos e animais pequenos como pássaros também não é recomendado.

Algumas ervas, como a canela, por exemplo, são excitantes e devem ser evitadas por hipertensos e hiperativos.

Mas de um modo geral, podem ser utilizadas sem nenhuma restrição.

E sobre a qualidade dos produtos?

Existe uma enorme variedade de incensos e defumadores no mercado, mas certamente, nem todos são de qualidade, aliás, a grande maioria não deveria nem ser permitido a sua venda ou sequer o seu uso.

Muitos defumadores por exemplo, utilizam rejeitos de serraria onde a madeira utilizada fora tratada com venenos para combater cupins e pragas e quando utilizados produzem fumaça tóxica.

Outros produtos ainda contém muito pó de carvão e produzem muita fumaça negra.

Muitos acreditam que devem produzir muita fumaça para serem bons, porém um bom incenso ou defumador deve sempre produzir uma fumaça branca, suave e queimar lentamente, além de aroma agradável.

Assim como no caso das ervas, utilizadas nos banhos, incensos e defumadores devem possuir procedência, quanto a qualidade de seus ingredientes e serem armazenados de forma adequada.

Em um próximo artigo, iremos listar os tipos de incensos e suas aplicações específicas.

Fique ligado!!

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