Espiritualista

Quais são as 7 Linhas de Umbanda?

Muitos fazem esta pergunta e poucos realmente possuem uma resposta.

De fato, não há uma resposta exata para esta questão, pois existem muitas vertentes dentro da Umbanda.

Uma coisa é importante ressaltar: O Número 7 é muito emblemático dentro da Umbanda, independente de sua vertente.

A própria Umbanda teve início sob a égide do número 7 quando o Caboclo das 7 Encruzilhas, através do médium Zélio de Moraes a mais de 100 anos disse: “Para mim, nunca haverá caminhos fechados”.

O primeiro registro literário a este respeito e também sobre esta nova religião, foi lançado em 1933 por Leal de Souza sob o título: Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. O que demonstra que este conceito já era estudado desde a criação da Umbanda em 1908.

Certa ocasião, Zélio de Morais foi questionado sobre o que seriam as 7 Linhas de Umbanda e em uma simples resposta disse: “As Sete Linhas podem ser comparadas ao que acontece com um prisma quando o mesmo é atingido por um raio de sol “a luz branca entra por uma de suas faces e faz surgir do outro lado um arco-íris”.

Vale entender que no início, a Umbanda não trazia em si o conceito de Orixás, que muito provavelmente foi absorvido posteriormente a partir de novos adeptos que eram provenientes de outras religiões de matrizes africanas, como o Candomblé.

Uma vez que uma das principais diretrizes da Umbanda, categoricamente definida pelo próprio Caboclo 7 Encruzilhadas, que seria abrigar aqueles que de alguma forma eram excluídos, muito foi absorvido de várias culturas.

Em seu livro, Leal de Souza que afirmou que as Sete Linhas simbolizavam Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Iansã, Yemanjá e a Linha de Santo ou das Almas.

Porém, Rubens Saraceni, o criador da Umbanda Sagrada e que nos deixou vasta literatura, nos esclarece sob uma visão mais ampla de que as 7 Linhas são as sete vibrações de Deus, ou ainda, as sete essências básicas que emanam do Criador e que se derramam para todas as esferas e dimensões da vida.

Considerando as várias vertentes da Umbanda, como a Umbanda Sagrada (Rubens Saraceni), Umbanda Popular, Umbanda Branca (Zélio de Moraes), Umbanda Esotérica, entre outras, podemos de certa forma, criarmos um padrão comum entre elas:

1ª - Linha da Fé sob a regência de Jesus Cristo e domínio de Oxalá.

2ª - Linha de Demanda sob a regência de São Jorge e domínio de Ogum.

3ª - Linha da Justiça sob a regência de São Jerônimo e domínio de Xangô.

4ª - Linha das Águas sob a regência de Virgem Maria e domínio de Iemanjá.

5ª - Linha dos Ventos sob a regência de Santa Bárbara e domínio de Iansã.

6ª - Linha das Matas sob a regência de São Sebastião e domínio de Oxóssi.

7ª - Linha de Santos e Almas sob a regência de São Lázaro e São Roque e domínio de Obaluayê (ou Omulu).

Em algumas vertentes, uma ou mais linhas são substituídas por outras, como é o caso da 5ª que por vezes é representada pela Linhas das Crianças sob regência de Cosme & Damião e domínio de Ibeji, ou ainda a linha do Amor sob regência de Oxum, porém este diagrama apresentado aqui é o mais adotado e mencionado diante das várias vertentes existentes.

A partir daí muitas perguntas talvez venham a mente: Mas o que cada umas destas linhas representa?

O que emanam (vibram)? O que significa regência e domínio?

Isso nos mostra o quanto este assunto é vasto e seu estudo é indispensável ao praticante da Umbanda.

Nossa intenção com este artigo é uma breve elucidação sobre o tema e estamos longe de esgotá-lo.

Certamente traremos no futuro novos artigos complementares a este assunto.

Esperamos que tenha gostado deste nosso artigo e que tenha lhe sido útil.

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